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2:31 PM
Era pós-Kinect: Como usaremos sensores que captam o movimento dos olhos
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A geração dos dispositivos que captam o movimento de uma parte do corpo humano para executar alguma tarefa computacional parece que não chegou no fim de sua evolução. Do preciso Leap Motion até o inusitado Oculus Rift, os últimos anos foram coroados por novas formas de interação ou, pelo menos, por uma vontade crescente de experimentar novas interfaces homem-máquina. E parece que a empresa The Eye Track está tentando iniciar um novo caminho no comando pelo olhar.

A empresa vem demonstrando seu protótipo de sensor que capta os movimentos dos olhos por infravermelho desde o começo do ano. Mais recentemente no evento Disrupt Europe 2013. Mas porque isto é importante? A resposta está no preço. Ele está em pré venda por 99 dólares. Geralmente um equipamento com esta sensibilidade custa mais de 4 mil dólares. O mais barato equivalente é o Tobii Rex, apresentado na última CES, que custa 999 dólares e teve quantidade limitada.

Para entender melhor como funciona, comecemos pelo corpo humano. O olho humano possui ao seu dispor músculos pequenos e ágeis para girar o olho sobre o eixo horizontal, vertical ou ântero-posterior ("para frente ou para trás”). Imagine agora que para olhar em um ponto fixo, precisemos realizar o mesmo movimento com os dois olhos. Como os movimentos estão limitados pelos músculos extraoculares, são seis movimentos coordenados, conhecidos como cardinais (em inglês, cardinal positions of gaze). Os seis movimentos produzem em conjunto 10 possíveis posições. É como se dividíssemos o campo de visão em 10 partes. O ponto central de cada parte é a posição mais comum do olho. Portanto é aí que os sensores são calibrados, ou no mínimo a interface que se presa usa como menu principal de navegação.

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Só para matar a curiosidade, tudo partiu da observação de Louis Émile Javal, em 1879. Ele notou que os olhos não executavam movimentos suaves durante uma leitura. E sim, movimentos compassados com paradas síncronas. Este movimento acaba em uma visão fixa, um olhar contemplativo de um ponto fixo. No caso o ponto focal. Quem pensa que a tecnologia é nova, ignora a evolução destes estudos principalmente no ramo da oftalmologia.

Com a evolução dos métodos ópticos (sinal que reflete no olho e captura de imagens processados por algoritmos em tempo real) a precisão dos dispositivos está na casa dos 0,5 graus de angulo de visão. No Eye Tribe a precisão representa um objeto menor que 10 milímetros, para telas de até 24 polegadas. O dispositivo tem USB 3.0 e é compatível com Windows 7 e 8. Haverá um SDK com suporte as linguagens C/C++ e Java para que isso alcance até os tablets e smartphones. A expectativa é que o aparelho faça parte também dos notebooks, assim como o Leap Motion.

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É claro que o apelo quase sempre são os jogos. Cortar frutas no fruit ninja ou jogar um game de primeira pessoa, piscando o olho para atirar deve ser uma experiência interessante. Mas a tecnologia geralmente é aplicada em outras áreas, como estudos psicológicos, marketing, sistemas de segurança, estudos clínicos e principalmente rompendo com limitações físicas. Um exemplo fantástico é o trabalho de artistas com deficiência física do site EyeGazeArtists. Imagine quantos artistas podem surgir por aí.

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